O segundo turno é, na verdade, a continuação do primeiro, agora com apenas dois candidatos.
O discurso de que “agora é uma nova eleição” serve para mobilizar os aliados, mas a realidade mostra o contrário.
Dantas botou mais de 20% à frente de Cunha, que tem uma missão dificílima, a partir de agora, e com prazo de validade menor do que um mês para reverter a grande desvantagem em relação ao atual governador.
É possível?
Mesmo alguns resultados verificados no primeiro turno, em vários estados brasileiros, bem que sugerem a possibilidade de acreditar numa “improvável” virada.
O inesperado pode, sim, fazer uma surpresa, mas não nasce ao acaso.
O ponto de partida depende e muito do comando de Cunha, que até agora – é o que parece – não assumiu o necessário protagonismo no seu grupo político.
Quanto a Dantas, se mantiver a toada inicial, sem um contraditório mais arrojado e vigoroso, pode até economizar energia para o próximo ano.
O jogo ainda não acabou, mas o time palaciano/assembleísta está vencendo de goleada.
Por Ricardo Mota