A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça deve julgar nesta quinta-feira (13/10) a decisão que autorizou a operação Edema, deflagrada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal em Alagoas na última terça (11/10).
Ao autorizar a operação, a ministra do STJ Laurita Vaz determinou o afastamento do cargo do governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), que disputa a reeleição em segundo turno. O colegiado vai definir se será mantido o afastamento do governador por 180 dias e a necessidade de preservar o sigilo das investigações.
Após a operação, Dantas negou as acusações de que teria havido desvio de recursos e chamou a operação de encenação.
“Revela-se grotesca a ‘ação’ – na verdade, ‘encenação’ – de uma ala da Polícia Federal, que permitiu ser aparelhada para atender interesses político-eleitorais, tentando dar um golpe na minha candidatura à reeleição de governador de Alagoas para favorecer o candidato de Arthur Lira, Rodrigo Cunha”, disse Dantas, por meio de nota à imprensa.
Operação Edema
A Polícia Federal apreendeu, durante operação realizada na terça-feira (11/10), R$ 100 mil na casa de governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), e R$ 14 mil com ele em um hotel em São Paulo. A informação foi divulgada pela TV Globo.
Dantas (MDB), que tenta a reeleição e disputa o segundo turno, é alvo de ação que investiga esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa com desvio de R$ 54 milhões.
Ele está hospedado em um hotel em São Paulo. Por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a PF fez buscas em endereços ligados ao governador.
De acordo com o MPF, parte do valor desviado foi utilizado para pagamentos de despesas pessoais, pagamento de advogados, transferências a familiares e compra de bens.
A Polícia Federal cumpre 31 mandados de busca e apreensão. Entre os endereços são a Assembleia Legislativa, a sede do governo, a casa de Dantas e de parentes.
Além das buscas, a Justiça ainda determinou o sequestro de bens e valores dos envolvidos no total desviado, R$ 54 milhões. Eles são suspeitos de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. A apuração corre em sigilo.
NOTA DO GOVERNADOR PAULO DANTAS
Revela-se grotesca a ‘ação’ – na verdade, ‘encenação’ – de uma ala da Polícia Federal, que permitiu ser aparelhada para atender interesses político-eleitorais, tentando dar um golpe na minha candidatura à reeleição de governador de Alagoas para favorecer o candidato de Arthur Lira, Rodrigo Cunha.
Sob pretexto de investigar acusações de 2017, essa parte da PF pediu à Justiça o meu afastamento do cargo, a três semanas do 2º turno, e estando com 20 pontos de vantagem.
A tentativa de criar alarde perto da confirmação da vitória é fácil de ser desconstruída: foi anunciada por adversários, evidenciando a manipulação da operação policial. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, por exemplo, já havia ameaçado, na véspera do 1º turno, revelar no 2º turno detalhes da operação, que seria sigilosa.
Aos que acham que os alagoanos são manipuláveis por uma fake news travestida de oficialidade, a nossa campanha avisa: nosso povo não se rende a enganações e sabe muito bem a origem das mentiras. O recurso judicial será firme, e vamos seguir rumo à vitória.
Assessoria Paulo Dantas