Rebaixado para a Série C do Brasileiro, o CSA precisa recomeçar a partir desta segunda. A principal questão, porém, é a batalha nos bastidores do clube entre o presidente-executivo, Omar Coêlho, e o presidente do Conselho Deliberativo, Rafael Tenório.
Após a derrota para o Cruzeiro por 3 a 2 neste domingo, Tenório deu entrevista à Rádio Gazeta e disse que Omar cometeu muitos erros de gestão - foram três diretores de futebol em 2022 -, caiu com uma folha salarial muito alta e que o dirigente não pode renunciar.
Para o presidente do conselho, o dirigente precisa chamar a responsabilidade da queda numa entrevista à imprensa, para dar satisfações à torcida, e tentar recuperar o clube em 2023.
Tenório disse ainda que não tem interesse de voltar ao comando do CSA e avisou que a situação financeira hoje é péssima. Segundo ele, o CSA terá muitas dificuldades na próxima temporada, com problemas até para entregar o CT.
A direção executiva ainda não se pronunciou sobre o futuro do CSA, mas Omar prometeu há duas semanas responder a Rafael após o desfecho da Série B. Deve convocar uma coletiva.
Parceria quebrada
Os dirigentes eram parceiros na política azulina até o ano passado, e Tenório foi o principal cabo eleitoral de Omar na eleição para a presidência executiva do CSA. Depois, houve um racha entre eles e, consequentemente, entre os poderes do clube.
Melancolia
Neste domingo, a entrevista coletiva do técnico Adriano Rodrigues foi cancelada. Apenas o capitão Gabriel falou com a imprensa, lamentou muito pela torcida e disse que o CSA não caiu neste domingo, foi rebaixado pelo erros cometidos ao longo da temporada.