Horas depois, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro confirmou, através das redes sociais, a internação do marido, aproveitando para tentar associar Adélio Bispo, autor da facada no ex-presidente em 2018, à esquerda. "Meus queridos, venho informar que meu marido Jair Bolsonaro se encontra em observação no hospital, em razão de um desconforto abdominal decorrente das sequelas da facada que levou em 2018 de um ex-filiado ao PSOL", escreveu, fazendo ainda pedidos de oração pelo ex-presidente e "pelo Brasil".
Deportação ou extradição
O porta-voz explicou que, caso Bolsonaro tenha entrado nos EUA com seu passaporte diplomático de presidente, ele teria 30 dias para retornar ao Brasil, já que ele não exerce mais a função de mandatário. “De forma geral, se alguém entra nos Estados Unidos com um visto A, essencialmente um visto diplomático para diplomatas estrangeiros e chefes de Estado, se um portador de um visto A não está mais envolvido em assuntos oficiais relacionados aos seus governos, cabe ao portador do visto sair dos EUA ou pedir uma mudança de tipo de autorização migratória em até 30 dias", disse.
No Congresso Nacional brasileiro também já há movimentações neste sentido e que visam responsabilizar Bolsonaro pelo ataque golpista aos prédios dos Poderes da República na capital federal. Nesta segunda-feira (9), o senador Renan Calheiros (MDB-AL) protocolou uma petição junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando que a Corte obrigue o ex-mandatário a retornar ao Brasil para que seja investigado no inquérito dos atos antidemocráticos.
Entre as solicitações, Renan Calheiros pede para que o STF intime Bolsonaro a retornar ao Brasil no prazo máximo de 72 horas e que, caso descumpra a ordem de retorno, seja decretada sua prisão preventiva.