Muita gente se assustou (não era pra menos) com a notícia de que a Série A poderia rebaixar apenas três clubes este ano, ao invés dos atuais quatro. Isso traria um prejuízo imenso para a divisão de acesso, já que, por óbvio, somente três garantiriam vaga na elite do futebol brasileiro em 2024.
Não demorou muito para os clubes da Série B se rebelarem. A reação foi quase imediata, e a ideia maluca logo se esvaiu. Para compensar a tentativa fracassada de mudança, a CBF autorizou os times a inscreverem sete, ao invés de cinco, jogadores estrangeiros.
Incrível como, vez por outra, a cartolagem se articula para desestabilizar a já sofrível Série B. Bastaram os ‘grandes’ subirem. Com o retorno de Vasco, Grêmio e Cruzeiro, pouco importa o que os demais vão continuar sofrendo por um acesso. Vide o escândalo, denunciado pelo Ministério Público de Goiás, da manipulação de resultados – o tal match-fixing, inclusive, não é um problema exclusivo do Brasil.
E de onde partiu essa proposta condenável, mesmo com tanta coisa mais importante para se discutir? De clubes como São Paulo e Santos, que, coincidentemente, nunca foram rebaixados. E foi o Tricolor paulista, com quase um time só de estrangeiros, quem mais saiu ganhando nessa história toda. Curioso, né!?