O caso envolvendo a suposta agressão do Dr. JHC , irmão do prefeito de Maceió, JHC, rompeu as “fronteiras” alagoanas. Primeiro em reportagens de importantes sites nacionais a exemplo do Metropoles ou Uol.
A suposta violência contra a mulher e, especialmente a suspeita de interferência assessores e de militares que atuam na prefeitura de Maceió – o que pode caracterizar o uso máquina pública para proteger o acusado, irmão do prefeito – foram comentadas por deputados federais e senadores, de Alagoas.
O senador Renan Calheiros (MDB), o deputado federal Paulão (PT), o deputado federal Rafael Brito (MDB), o deputado federal Alfredo Gaspar de Mendonça (União) foram alguns dos parlamentares federais que falaram sobre o caso até agora. Paulão foi o único, até agora, que fez discurso no plenário.
Até o momento foram estes os parlamantares federais que falaram sobre o Caso do Dr. JHC.
Veja o que eles dizem:
Renan Calheiros:
Presidindo o Congresso, aprovei a Lei Maria da Penha e, em briga de marido e mulher, o Estado mete a colher. Em AL outra covardia. A agressão à cunhada do prefeito de Maceió é agravada por usar PMs para constranger a vítima e proteger o agressor. Impunidade rima com irmandade?
Alfredo Gaspar:
A violência contra a mulher, praga que assola o Brasil, é um mal que necessita de combate diário. Na minha trajetória profissional, sempre atuei de maneira firme para coibir esse tipo de violência e garantir a devida punição do agressor.Agora, como parlamentar, tenho dado continuidade a esse trabalho por meio de várias iniciativas legislativas, apresentando projetos de lei para a proteção das vítimas e maior rigor na punição dos criminosos.A lei deve alcançar a todos comprovadamente culpados.No caso citado pelo repórter, tomei conhecimento pela imprensa. Confio que a polícia alagoana cumprirá o seu papel com independência e justiça, sem a escolha de culpados ou inocentes.
Rafael Brito:
É triste dizer, mas é preciso reconhecer, que quando se trata de violência doméstica, a impunidade é altíssima. As vítimas são frequentemente colocadas em situação de vulnerabilidade e insegurança. O que vimos acontecer é um lamentável retrato da realidade de muitas mulheres, enquanto muitas outras vítimas sequer conseguem assistência da justiça. Eu realmente espero que as investigações sejam conduzidas da melhor forma diante do caso e que as consequências recaiam aos agressores. Todo tipo de violência contra mulher, seja ela física, psicológica, patrimonial, precisa ter punição e que seja cumprida.
Paulão:
Não poderia me omitir sobre o caso de violência doméstica que aconteceu em Maceió no último fim de semana. O irmão do Prefeito JHC agrediu a sua companheira e foi levado para a delegacia. O estranho é que o delegado se omitiu no processo; alguns policiais militares deram proteção a ele, abrindo uma porta especial para que ele entrasse e não fosse filmado. No entanto, esse tratamento é diferenciado quando se trata de um pobre da periferia.E o pior é ver que muitos aqui parecem ter bandido de estimação! Ninguém está falando desse caso do irmão do Prefeito JHC que agrediu a sua companheira e recebeu proteção.
Não podemos mais aceitar esse modelo de segurança no Brasil, essa proteção da elite, que não compreende o processo de escravidão que deixou marcas no Brasil até hoje. Continua desigual essa sociedade e precisamos fazer o debate qualificado.Segurança não é ter bandido de estimação!