Um homem não identificado, de 41 anos, foi preso e autuado por falsidade ideológica no Recife, pela polícia de Pernambuco, quando realizava as provas do concurso da Polícia Civil de Alagoas (PC/AL). Isso porque fingiu ser outro candidato.
Acontece que essa prisão não se relaciona com os cinco suspeitos presos por fraudar o concurso realizado pela polícia Alagoana. Ou seja, todas as prisões foram em flagrante, mas resultaram de investigações diferentes.
“Esse preso [pela Polícia Civil de Pernambuco] é outra situação. É uma pessoa se passando pela outra. Os nossos flagrantes [em Pernambuco] ocorreram em relação aos quatros presos que estavam com ponto eletrônico. Não tem relação com a nossa investigação. É uma investigação de lá [da Polícia Civil de Pernambuco]”, explicou o delegado Gustavo Xavier, da Divisão Especial de Investigação e Capturas (DEIC).
Por sua vez, os cinco presos pela polícia alagoana foram investigados pela DEIC. Uma pessoa foi presa em Alagoas e quatro no Estado de Pernambuco, por uso de ponto eletrônico.
As provas do concurso foram aplicadas nesse domingo (29) e são da Polícia Civil de Alagoas, mas, devido ao número elevado de inscritos e à necessidade de se cumprir os protocolos sanitários para evitar contaminação com o vírus da Covid-19, os candidatos que moram nos Estados de Pernambuco e Sergipe realizaram as provas nas capitais onde residem.
O certame teve 43.073 inscritos para 500 vagas distribuídas entre os cargos de agente de polícia e de escrivão.
A POLÍCIA CIVIL DE PERNAMBUCO informa que prendeu, em flagrante delito, no dia 29 de agosto, através do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais – DEPATRI, um homem de 41 anos. O autor, autuado por Falso Identidade/ Falsidade Ideológica – doloso (consumado), estava fazendo prova de um concurso pública, em um estabelecimento de ensino superior, se passando por outro candidato. Após realização da prova, o autor foi levado pela equipe de policiais à delegacia, onde foram realizados os procedimentos cabíveis.
No domingo (29), cinco pessoas foram autuadas em flagrante, sendo uma em Alagoas e quatro em Pernambuco, ao tentar fraudar o concurso da Polícia Civil de Alagoas. Segundo o delegado Gustavo Xavier, responsável pela investigação, esses presos pertencem a uma Organização Criminosa com atuação interestadual, com objetivo de garantir o acesso às carreiras públicas de forma fraudulenta, principalmente com a utilização de pontos eletrônicos para receber as respostas das perguntas.
Ainda no domingo, um dos suspeitos que foram presos na tentativa de fraude do concurso revelou, durante depoimento ao delegado, que desembolsou R$ 10 mil pelo ponto eletrônico usado para receber as respostas, e que pagaria entre R$ 30 mil e R$ 50 mil pela aprovação. Após o depoimento e pagamento da fiança, ele foi liberado. Por se tratar de uma tentativa de crime, a liberação poderia ser negociada, mesmo com a prisão em flagrante.
Os outros quatro supostos membros desta organização criminosa, conforme a DEIC classificou, também vão responder em liberdade depois que pagaram fiança.
A investigação sobre os casos terá continuidade e, segundo o delegado Gustavo Xavier, ainda há muitas dúvidas sobre a maneira como o grupo agia nas fraudes, e que mais detalhes da apuração serão apresentados nos próximos dias.
Por Gazetaweb