Em entrevista, Dudu Nogueira, presidente da junta governamental do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado de Alagoas, lançou duras críticas à gestão cultural do prefeito de Maceió, JHC (PL).
Nogueira apontou a criação da Secretaria de Cultura de Maceió no último ano como um movimento que, em vez de fortalecer a política cultural, resultou na burocratização e no desvio de foco. Segundo ele, a secretaria tornou-se um
"órgão de fachada e cabide de emprego", sem autonomia e recursos suficientes para desenvolver suas atividades. Além disso, ressaltou que o Conselho Municipal de Cultura, responsável por propor e fiscalizar políticas culturais, está paralisado devido à falta de assinatura do prefeito.
O presidente do sindicato criticou a utilização da cultura como instrumento de "pão e circo" pela Prefeitura de Maceió, destacando a ausência de planejamento cultural e a transferência dos grandes eventos para a alçada da Secretaria de Comunicação, com um orçamento substancial de 33 milhões de reais.
Nogueira questionou se o atual cenário representa uma transição de um planejamento cultural para uma política de massa, ou "Massayó", como ironicamente denominou. Ele demandou esclarecimentos sobre a existência de planos e cronogramas anuais de eventos por parte da Secretaria de Comunicação e se há um compromisso efetivo com a promoção da tradição cultural da cidade.
Concluindo, Nogueira expressou profunda preocupação com a "lacuna cultural nunca antes imaginada" vivenciada em 2024, ressaltando a necessidade urgente de mudanças para revitalizar e fortalecer a cena cultural de Maceió.