Jane Cigana, símbolo de resistência contra a intolerância religiosa e defensora da cultura cigana em Alagoas, faleceu após uma longa batalha contra o câncer. Sua morte marca o fim de uma vida dedicada à luta pela preservação das tradições religiosas e culturais de matriz africana e cigana, em um estado onde o preconceito e a discriminação ainda afetam diversas comunidades.
Reconhecida por sua força e determinação, Jane Cigana era uma das principais vozes na defesa das religiões de matriz africana, como o candomblé, e das tradições ciganas. Ao longo de sua trajetória, ela enfrentou desafios imensos, desde a discriminação religiosa até o racismo, sempre se posicionando de forma corajosa em prol da liberdade religiosa e do respeito à diversidade cultural.
Além de ser um ícone na luta contra a intolerância religiosa, Jane também promoveu o reconhecimento e a valorização da cultura cigana, destacando suas contribuições para a riqueza cultural de Alagoas participando de vários encontros nacionais em defesa da liberdade religiosa.
Sua morte, após lutar contra o câncer, é uma grande perda para os movimentos de direitos humanos, liberdade religiosa e defesa das minorias culturais no estado e no Brasil. O legado de Jane Cigana, contudo, permanece vivo e continuará inspirando aqueles que combatem o preconceito e lutam por uma sociedade mais inclusiva e respeitosa com todas as expressões religiosas e culturais.
Nos últimos tempos de sua vida, Jane Cigana contou com o apoio inabalável do jornalista Raudrin de Lima, que se tornou seu fiel escudeiro na luta pela garantia de seus direitos e liberdade de ir e vir. Raudrin foi peça fundamental na mobilização de movimentos sociais de Alagoas e de todo o Brasil em prol da liberdade de Jane, que enfrentava desafios impostos por preconceitos e discriminações devido à sua religiosidade e cultura cigana.
Raudrin de Lima, conhecido por seu ativismo em prol da juventude e causas sociais, assumiu um papel central na defesa de Jane Cigana, utilizando sua visibilidade como jornalista para dar voz à sua causa. A batalha judicial pela preservação dos direitos de Jane, com o apoio essencial do Ministério Público e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), resultou na garantia dos seus direitos constitucionais. Essa articulação jurídica e social foi vital para que Jane pudesse manter sua dignidade e liberdade até o fim de sua vida.
O comprometimento de Raudrin de Lima não se limitou ao acompanhamento pessoal de Jane; ele mobilizou uma rede de ativistas, advogados e defensores dos direitos humanos, sensibilizando a opinião pública sobre a importância de defender os direitos das minorias religiosas e culturais. A união entre os movimentos sociais e o apoio jurídico consolidou uma vitória histórica, garantindo que Jane Cigana continuasse sendo um símbolo de resistência, mesmo diante de uma batalha judicial.
Jane Cigana, com a ajuda de Raudrin, manteve sua luta viva até o final, deixando um legado que vai além de sua própria história pessoal: ela se tornou um exemplo de força e resiliência, inspirando todos aqueles que defendem a liberdade de crença e a valorização das culturas tradicionais no Brasil.