O ex-BBB Nego Di disse que foi denunciado ao Ministério Público depois de debochar do vitiligo e do vídeo íntimo vazado da sister Natália Deodato, do BBB22. A polêmica aconteceu nessa quinta-feira (20).
Eliminado com 98,76% de rejeição no BBB21, Nego Di diz, em vídeo divulgado mais cedo: "que goela bem aveludada, hein, morena! Curiosidades do dia: eu não sabia que Dálmata gostava de chimarrão". Nego Di fez referência ao vídeo íntimo vazado da sister, que aparece fazendo sexo oral em um homem.
O policial militar e vereador Gabriel Monteiro fez um vídeo em que diz que denunciou o ex-BBB ao MP por conta das declarações dele sobre Natália (assista aos vídeos clicando abaixo).
"Que Nego Di é um comediante sem graça, vilão do humor, isso é mais notório que sua impopularidade. Hoje deliberadamente começou a ofender implicitamente a Natália, a chamando de 'Dálmata' por sua doença vitiligo e detalhe: achou bonitinho o vídeo dela ser vazado, após ela ser ameaçada dois anos. Com pessoas assim a gente não perde tempo xingando no direct: a gente denuncia no MP. Se você acha isso certo, pensa que poderia ser com sua filha, que vá fazer graça na cadeia e não no Instagram", disse Gabriel.
Nego Di rebateu e também fez um vídeo. "Teve um youtuber barra vereador barra fiasquento dizendo que sou criminoso e que devo ir pra cadeia, e que me denunciou ao Ministério Público. Um rapaz chamado Gabriel Monteiro fez um vídeo querendo de promover em cima da polêmica. Aí fui dar uma pesquisada sobre ele, então tá aqui: esse youtuber barra vereador já foi expulso da polícia militar por deserção, já foi penalizado por porte de arma fora de serviço, faltas injustificadas, quebra de hierarquia, bastante coisa, hein!", começou Nego Di.
"Se eu sou criminoso, o que sobra pra ti, Gabriel Monteiro? Em que momento tu trabalha? Em que momento tu exerce a sua função? Transfobia não é crime, é tranquilo?", questionou Nego Di, citando um episódio de acusação de transfobia, em que ele se recusa a se referir a uma trans como "ela" e a chama de "homem".
Leia na íntegra abaixo:
"Nota atrás de nota e a equipe tá como? Igual colunista de jornal rs. Chegou pra nossa equipe alguns perfis que estavam expondo e reproduzindo preconceito contra a Naty, esses perfis já foram suspensos das redes e incluídos no processo legal. Sabemos que a Naty é uma mulher preta e também uma mulher que tem uma condição chamada vitiligo, sendo assim, muitas pessoas estão pegando essas características e usando como pretexto para criticá-la.
A equipe e a família estão acompanhando o programa e tbm vendo tudo o que está sendo falado, não se preocupem, nós temos acesso à internet rs. Existem falas equivocadas? Sim. Assim como outros participantes tiveram,mas isso não é pretexto para reprodução de preconceito (com ninguém). Esse tipo de situação só está nos mostrando quão o racismo e o machismo são estruturais, né? O reality show é um jogo, e que tal aqui fora nós sermos mais justos e menos preconceituosos? Em menos de uma semana, já estão tentando construir uma imagem inaceitável da Naty aqui fora, e isso é muito problemático, tendo em vista que ter falas equivocadas não é uma exclusividade dela, mas infelizmente; só ela foi pega para Cristo. O programa tá só começando e a Naty ainda terá tempo de conhecer os outros participantes, ter conversas, brincadeiras e até discussões, talvez.
Mas nós, daqui de fora, estamos apenas tranquilos porque sabemos que ela é uma pessoa compreensiva e flexível para reparar seus erros. Ela irá com certeza se retratar e conversar sobre todos esses equívocos para conseguir se construir uma pessoa ainda melhor a partir da participação no programa. Tudo isso que concluímos, não significa passar pano ou ignorar falas questionáveis sobre questões político-sociais (inclusive ninguém deveria ignorar isso) a questão é que muitas falas não existem só no reality, mas em vários cenários ao nosso redor, e também vindas de muitos de nós, sendo assim, nós enquanto sociedade precisamos ser compreensíveis em relação ao tempo do outro, principalmente se tratando de pessoas que fazem parte de alguns grupos sociais desprivilegiados.
Cada um está no seu processo e muitos de nós não somos ensinados sobre a nossa própria história. Todas as pessoas têm o direito de se equivocar em algum momento, mas também precisam ter a oportunidade de aprender; isso se chama construção pessoal e acontece durante toda a vida. Reproduzir preconceito, zombar e difamar não é crítica construtiva, é crime! Equipe ND".