PIB brasileiro
Segundo Guedes, o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer entre 4% e 5% neste ano, em linha com as estimativas do mercado financeiro. Na semana passada, economistas dos bancos projetaram uma expansão da economia de 4,36% em 2021.
Bônus de Inclusão Produtiva
Paulo Guedes também disse que a área econômica está finalizando o desenho do Bônus de Inclusão Produtiva (BIP), a ser pago pelo governo, e do Bônus de Incentivo à Qualificação (BIQ), que será de responsabilidade das empresas.
Tanto o governo quanto os empresários, disse ele, devem pagar R$ 275 aos jovens que serão treinados – totalizando uma bolsa de R$ 550.
Segundo o ministro, a ideia é criar empregos novos para jovens entre 18 e 20 anos que queiram fazer treinamento.
“Mais R$ 275 do governo e R$ 275 da empresa, o jovem consegue um programa de um ano, ou até um ano e meio, de qualificação. Achamos que vai ter um aumento rápido do emprego, uma redução do desemprego, tirando o jovem das ruas e colocando na qualificação profissional. São os ‘nem nem’, que tem nem universidade e nem emprego. Queremos que sejam incluídos no sistema produtivo”, declarou.
Reforma tributária
O ministro da Economia também afirmou que a reforma tributária não trará, neste momento, “grandes novidades”. Segundo ele, a proposta do governo, que até o momento encaminhou somente o projeto para a tributação do consumo, será “moderada”.
“Gostaria de fazer ela um pouco mais ampla, inclusive com desoneração de folha. Não é o momento ainda, mas não vamos desistir. Vamos fazer em fatias, o que é possível agora, simplificação, redução de alíquotas e vamos avançar”, disse.
Ele afirmou, ainda, que o governo não quer elevar imposto para o setor de serviços, que poderia sair prejudicado com alta na tributação com um imposto sobre valor agregado, sobre consumo, com uma alíquota única.
Guedes disse que a proposta da área econômica pode contemplar uma alíquota para o setor de serviços e comércio, e outra, mais alta, para a indústria.
“A ideia inicial era todo mundo ter a mesma alíquota. Ainda estamos considerando duas alíquotas: uma para o comércio e serviços, mais baixa, e outra para a indústria mais alta. Talvez seja a melhor simplificação que a gente consiga fazer, e sinaliza para o futuro a unificação, quando a gente conseguir fazer a desoneração da folha lá na frente”, disse.
Acrescentou que, enquanto não for possível fazer a unificação da alíquota [para todos os setores da economia], é preciso “tratar diferentemente esse setor [de serviços] pela grande capacidade de geração de emprego que ele tem”.