19/01/2024 às 08h39min - Atualizada em 19/01/2024 às 08h39min

Bolsonarista é condenado por matar duas pessoas após vitória de Lula

O réu foi condenado por porte ilegal de arma de fogo, disparo de arma de fogo e por dois homicídios qualificados consumados.

Do UOL, em São Paulo

Ele foi acusado pelo Ministério Público por ter cometido sete crimes. Três tentativas de homicídio com qualificadoras, por ter disparado vários tiros contra três pessoas; dois homicídios consumados com duas qualificadoras; disparos de arma de fogo e porte ilegal de arma de fogo.

O que diz a defesa

Defesa diz que vai recorrer da pena aplicada pela magistrada. Ao UOL, o advogado Alessandro Dorigon afirmou que a sentença foi muito "alta" e "desproporcional". "Especialmente pelo fato dos jurados não terem reconhecido as tentativas de homicídio", esclareceu.

No julgamento, o réu confessou apenas alguns crimes. Ele admitiu os dois homicídios. Confessou também os crimes de disparos de arma de fogo e porte ilegal de arma de fogo, relatando que está disposto a cumprir a pena pelos crimes.

Erick negou as três tentativas de homicídio, relatando que não atirou em direção às pessoas. Relatou ainda que fazia uso de medicamento controlado para tratamento de transtorno bipolar e depressão, sendo que no dia dos fatos ingeriu muita bebida alcoólica. Erick explicou que até hoje não têm lembranças claras de como tudo ocorreu e nem a motivação.

Os jurados reconheceram que o acusado cometeu os dois crimes de homicídio consumado, os disparos e porte ilegal de arma de fogo, mas não reconheceram os crimes de tentativa de homicídio, tendo diminuída as penas de dois crimes de disparo de arma, reconhecendo que o acusado não estava totalmente consciente, sendo a acusação julgada parcialmente procedente. Com base nas decisões dos jurados, a dra. Magistrada aplicou a pena de 51 anos, 07 meses e 15 dias de reclusão. Diante disso, a defesa informa que pretende recorrer, principalmente quanto ao montante de pena, por entender que foi muito alta e desproporcional, especialmente pelo fato dos jurados não terem reconhecido as tentativas de homicídio.
Alessandro Dorigon, advogado


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