Risco é maior em pessoas que convivem com doenças crônicas, entre elas a diabetes e a hipertensão
O novo coronavírus é um agente que ainda desafia os pesquisadores no mundo. A forma como ele age no organismo das pessoas varia e, em muitos casos, é um verdadeiro enigma. O que se sabe é que o número de pessoas com doenças cardiovasculares no mundo cresceu após a pandemia da Covid-19, consequência das sequelas, de alterações no sistema imunológico e até da ação de medicamentos utilizados contra o vírus. Por isso, o cardiologista do Hospital Geral do Estado (HGE), Alex Vieira, alerta os pacientes que tiveram Covid-19, uma vez que, após se recuperar da doença pandêmica, é possível desenvolver problemas cardiovasculares.
O alerta do médico se baseia em um estudo realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Hospital Alberto Urquiza Wanderley e Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). De acordo com ele, durante a pandemia da Covid-19 houve o crescimento de até 132% das mortes por doenças cardiovasculares no Brasil. No HGE, em Maceió, a hipertensão e a diabetes sempre figuraram entre as principais doenças relatadas por pacientes acolhidos nas portas de entrada.
“Poucos casos são congênitos, ou seja, adquiridos desde o nascimento. A maior parte das pessoas adquirem a diabetes e a hipertensão ao longo dos anos. Sedentarismo, consumo excessivo de bebidas alcóolicas e alimentação inadequada são alguns hábitos nocivos, que, aliado a falta de check-ups regulares, abrem o espaço perigoso para o infarto agudo do miocárdio, para o acidente vascular cerebral e até para a morte súbita”, afirma o cardiologista Alex Vieira.