As obras em andamento na orla de Maceió têm despertado a atenção dos pedestres, que notam os esforços da prefeitura para lidar com o avanço das marés nos próximos 200 anos, conforme alegações do órgão responsável. Essa é a mensagem propagada. O advogado Adeilson Bezerra, presidente estadual do Solidariedade, expressa sua curiosidade sobre quem é o responsável por esse cálculo e como é possível realizar tal projeção.
“Isso me faz lembrar uma frase célebre de Ariano Suassuna sobre os diferentes tipos de mentiras. Suassuna identificava três categorias: a mentirinha, a mentira cabeluda e a estatística. E é exatamente isso que está acontecendo em Maceió”, afirma Bezerra.
Estima-se que o custo total das obras seja de aproximadamente 30 milhões de reais, destinados à construção de muros de contenção em alguns trechos da orla de Maceió, com previsão de conclusão até agosto. Essa é a informação que circula na imprensa local. “Em outras palavras, já estamos fora do prazo emergencial de 180 dias e, portanto, agindo ilegalmente.”
“O que me surpreende e indigna é o silêncio das autoridades, dos moradores locais e dos frequentadores. Poucos estão percebendo que, nesses pontos, a faixa de areia desaparecerá, a área recreativa será eliminada e teremos trechos de praia confinados”, explica Bezerra.
Especialistas afirmam que os muros em construção entrarão em colapso, uma vez que a estrutura vertical não dissipa a força das ondas, apenas as reflete. Portanto, é apenas uma questão de tempo até que a estrutura ceda.
“O atual prefeito de Maceió ficará marcado na história como o responsável pela destruição das praias da cidade, além de ser responsável pela perda do nosso maior potencial econômico: o turismo”, conclui Bezerra. Agora, é aguardar pelas palavras, ou melhor, pelas ações das autoridades!