A crise nos cemitérios públicos de Maceió, onde sepultamentos estão ultrapassando o prazo de 24 horas, é um reflexo da inércia da gestão do prefeito JHC. A não disponibilidade de jazigos é a principal reclamação recebida pela Defensoria Pública Estadual.
Apesar de uma melhora temporária em abril deste ano, quando a prefeitura conseguiu atender a demanda suprimida a partir da retomada de 300 vagas remanescentes da Diocese de Maceió, os atrasos voltaram a acontecer. As famílias estão tendo que esperar mais de 24 horas para sepultar seus entes queridos, um tempo angustiante e inaceitável.
A gestão de JHC tem sido criticada pela sua falta de ação em relação ao projeto de lei que permite a construção de cemitérios verticais em Maceió. Esta medida, se aprovada, permitiria que mais corpos fossem sepultados nos cemitérios da capital, evitando a superlotação desses espaços e dando dignidade às famílias enlutadas.
No entanto, a inércia do prefeito em relação a esta lei já aprovada pela vereança é preocupante. A estrutura de cemitérios verticais permitiria que seis pessoas fossem enterradas no mesmo espaço em que hoje é colocado um único corpo, evitando a superlotação.
A prefeitura anunciou a compra de um terreno ao lado do cemitério São Luiz para ampliação do espaço, mas mesmo com essa ampliação, se a lei não for aprovada, haverá rapidamente uma superlotação desse novo espaço. Isso prejudicaria a população mais pobre, que depende dos cemitérios públicos, e levaria a novas discussões sobre o mesmo tema.
É necessário que a administração pública tome medidas efetivas e duradouras para resolver esta situação. A exumação de corpos para abrir novas vagas para sepultamentos é uma medida paliativa, mas não resolve o problema de fundo. É preciso definir soluções para não repetir os erros do passado e garantir a dignidade das pessoas no momento de luto. A inércia do prefeito JHC neste assunto é inaceitável e merece uma crítica contundente.