O Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado neste domingo (5) como uma forma de conscientizar e sensibilizar sobre os impactos negativos provocados pela poluição e outras degradações ambientais. A Secretaria Municipal de Educação (Semed) tem realizado ações em em escolas e incentivar o ambiente em que vivem.
Mas algumas pessoas devem está se perguntando como foi criado o Dia Mundial do Meio Ambiente. Te explicamos brevemente: a data foi criada em 1972, na Assembleia Geral das Nações Unidas, e marcou a Conferência de Estocolmo. Nessa conferência, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e apresentou a Declaração da Conferência da ONU sobre a mesma temática, que tem princípios que visam a preservação ambiental.
A Secretaria Municipal de Educação (Semed), por meio dos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e das escolas municipais, tem se empenhado para a formação ambiental de crianças e adolescentes em seus respectivos locais de ensino. Hortas personalizadas e suspensas, palestras, visitas técnicas nas unidades, coletas seletivas, dinâmicas lúdicas envolvendo a natureza, foram algumas das ações realizadas durante o primeiro semestre deste ano.
Além das escolas e CMEIs, o setor de Educação Ambiental e Sustentabilidade (SEAS) da Semed, também tem realizado um trabalho contínuo de criação de ações voltadas para a sensibilização de um número maior de estudantes do ensino fundamental. O Escola Alerta, que inclui visitas técnicas nas escolas e oficinas sobre o Aedes aegypti, palestras sobre a Coleta Seletiva na sede e nas unidades, o projeto Plantando nas Escolas, são atividades desenvolvidas pelo setor.
Para a técnica pedagógica do SEAS, Salete Leite, o meio ambiente deve ser lembrado o ano todo porque todas as pessoas são parte dele e necessitam constantemente dos seus componentes. Além disso, ela contou que o setor desenvolve as ações seguindo uma política nacional que visa incluir projetos sobre o meio ambiente em todas as disciplinas escolares.
“Nós estamos submersos, estamos presentes no meio ambiente e somos parte dele. Nós respiramos e precisamos do ar, nós precisamos da água, como também da terra para pisar ou nos alimentar. Desenvolvemos no setor essa temática em vários componentes, auxiliando as escolas e também levando até elas projetos que criamos aqui na sede”, disse Salete.
Em comemoração ao Dia do Meio Ambiente, o SEAS preparou uma programação que vai ser realizada de 3 a 22 de junho. Entre as ações estão palestras, oficinas para criação de repelentes naturais, cinema com alunos das unidades, passeios ao Parque do Horto, em Maceió, realização do Escola Alerta e a Corrida do Sururu, que será promovida pela Escola Nosso Lar, localizada no bairro Vergel do Lago.
Plantando e colhendo conhecimento
Em maio, projetos de construção de hortas, reutilização de recicláveis para criação de espaços de arte, ações de combate à dengue, exposições de arte com animais construídos com ferro, garrafas pet e outros materiais, foram realizados em diversas escolas e creches municipais, as creches Fúlvia Rosemberg, na Cidade Universitária, João Mascarenhas, na Pitanguinha e a escola Luiza Oliveira Suruagy, localizada no bairro Ouro Preto, foram algumas das unidades que participaram dos projetos.
A intenção dessas ações foi criar um espaço de acolhimento e aprendizado para os pequenos, como também despertar o interesse pela natureza e a reciclagem.
O CMEI Francisco Mello, localizado no Trapiche da Barra começou a abordar temas sobre o Meio Ambiente ainda em março. A unidade criou o projeto Plantando Sementes, Colhendo Vidas, que visa despertar a consciência ecológica das crianças por meio da criação de uma horta na própria unidade. Lá foram plantadas sementes e mudas de ervas medicinais, como cidreira, capim santo, árvores frutíferas, entre outras.
A coordenadora pedagógica da creche, Andréa Carla de Barros, contou que não são só as crianças que participam do projeto, mas também gestoras, auxiliares, professoras e todos que compõem a unidade. “Iniciamos nosso projeto a partir da necessidade de revitalizar as áreas externas do CMEI, colocando mais verde, mais natureza. E então aproveitamos para engajar as crianças e as famílias nessas experiências de cuidado e respeito a vida”, disse ela.
A creche atende crianças de dois a seis anos e desenvolve trabalhos que auxiliam no ensino-aprendizagem e no desenvolvimento cognitivo dos pequenos. Uma dessas crianças é a Mayla Godói, de três anos, que já tem consciência do que pode acontecer se uma planta for arrancada à força do seu lar. “Não pode ficar arrancando as plantas porque elas choram”, expressou Mayla.
Ieda Patrícia Lopes é professora do CMEI Rodrigues Alves, no Benedito Bentes. Ela também teve a ideia de construir uma horta em um espaço externo na creche, com a plantação e cultivo de batatas, macaxeira, coentro, milho, coqueiros, entre outros.
“Estou muito empolgada e maravilhada com o trabalho que estou desenvolvendo com as crianças e a natureza”, disse Ieda.
Na mesma creche há mais um projeto que incentiva a formação ambiental. Trata-se do Projeto Formigas, que foi criado pelas professoras Suelane Borba e Kelzia Rose de Oliveira. Lá são desenvolvidas atividades de observação de formigueiros, na área verde da unidade, além de construção de formigas com massinha de modelar e argila.
Para Kelzia, um dos pontos observados entre as crianças foi a forma como elas têm conseguido observar melhor o mundo ao redor. “As crianças socializaram entre elas demonstrando bastante interesse sobre o assunto. Através da vivência oportunizada para as crianças, a partir do protagonismo delas", contou.
O lixo que vira arte
Aprender a descartar corretamente o lixo doméstico é secular, como também fazer com que materiais recicláveis se tornem obras de arte. É nesse sentido que duas unidades escolares de Maceió realizam ações de educação ambiental.
Alunos da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI) do Centro de Atendimento Especializado Genilda Porto – Pestalozzi participam há mais de cinco anos de uma oficina de arte utilizando materiais recicláveis. Objetos que iriam pro lixo, transformam-se em telas, pinturas, luminárias e texturas de sonho. Além disso, eles também passam por palestras com o intuito de aprender sobre coleta de lixo.
A unidade tem parceria com a escola municipal Maria José Carrascosa, localizada no Poço, e atende alunos com deficiência de 15 aos 69 anos.
Para Juliana Fernandes, coordenadora pedagógica da unidade, os trabalhos desenvolvidos na unidade são formas de oportunizar a autonomia dos alunos.
“O objetivo principal é que seja desenvolvida a autonomia deles. A oficina de arte, por exemplo, é pré-profissionalizante. Eles estão aprendendo uma profissão, eles podem seguir a vertente artística, como também em áreas da marcenaria. Ações como essas são necessárias para o desenvolvimento cognitivo do aluno e na interação entre todos”, disse a coordenadora.
A creche Antônio Mário Mafra, que fica no bairro da Levada, também leva conhecimento por meio do lixo. Nesse caso, são feitas atividades de cunho informativo na sala de aula para alertar as crianças sobre o descarte irregular de materiais. O projeto atende crianças de quatro e cinco anos.
Os assuntos são divididos por temas, cada um enfatiza um aspecto e as consequências desse descarte, como consequências econômicas, ambientais, saúde, poluição de mares, rios e lagoas.
“Estamos finalizando um projeto sobre o descarte inadequado do lixo e suas consequências para a sociedade. Uma proposta educativa, levando as crianças a refletirem sobre a situação do bairro onde moram, a forma como suas famílias tratam a questão do descarte do lixo, levando-as a refletirem sobre a necessidade de mudança de postura, visto que o cuidado com o meio ambiente é responsabilidade de todos”, explicou a coordenadora pedagógica da creche, Adriana Brandão.
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